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VIAGENS DE BICICLETA:

narrativas cicloturísticas

Se, de um lado, sabemos que a bicicleta foi inventada na aurora do século 19, mais especificamente em 1817, na Alemanha, por um sujeito chamado barão Karl von Drais – chamava-se, o invento, inicialmente, laufmaschine, ou máquina de correr, pouco se sabe quando ela foi usada pela primeira vez para turismo. Sabe-se, com alguma certeza, que em junho daquele ano o próprio Drais pedalou 13 quilômetros na cidade de Mannhein para testar seu invento de 22 quilos, que seria patenteado como velocípede, e que ela, a novidade, não pararia de ser aperfeiçoada desde então: mais tarde ganharia pedais, corrente; se tornaria a bicicleta que conhecemos atualmente.

 

Isso tanto é verdade que, anos mais tarde, em 1869, o jornal The Times, da Inglaterra, publicou reportagem contando sobre uma viagem de 84,8 quilômetros do Centro de Londres até Brighton, feito realizado por John Mayall, Charles Spencer e Rowley Turner. Esta teria sido, aliás, a primeira cicloviagem que se tem notícia na história, ainda que esta nomenclatura não existisse por aqueles dias. Datas, registros históricos, nomes e invenções à parte, o fato é que, desde as suas origens, e de forma cada vez mais crescente, a bicicleta tem se mostrado um excelente veículo para lazer, incluindo, nele o turismo. Ou seja, com cada vez mais frequência, e seguindo uma tradição muito antiga, pessoas de todas as idades, de todos os países e línguas se utilizam da bicicleta para passear, à revelia da distância que percorram ou do lugar que visitem.

 

Trata-se, na verdade, de um tipo de turismo diferente este – nós, ciclistas, chamamos ele de cicloturismo – basicamente porque, para ser realizado, exige, usualmente, não muito mais que uma bicicleta em bom estado e vontade de sair por aí pedalando. E é justamente isso que nós, da Associação Gaúcha de Cicloturismo (AGE), buscamos fazer com a exposição “Viagens de bicicleta: narrativas cicloturísticas”: mostrar a todos não apenas o que, nós, ciclistas, vimos e vivemos em nossas aventuras sobre duas rodas, mas, principalmente, o que se pode ver e viver desde que se está sobre uma bicicleta, a passeio.

 

De certa forma, a exposição representa um esforço que estamos fazendo para divulgar e popularizar o cicloturismo também por estes lados, a exemplo do que já ocorre com muita intensidade na Europa, América do Norte e em outros países do mundo. Por quê? Basicamente porque acreditamos que a bicicleta transforma, geralmente para melhor, as pessoas, e que o cicloturismo é uma forma muito bonita de fazer com que isso efetivamente aconteça.

A mostra coletiva teve curadoria de Fernanda Antonio e Demétrio Soster. Expografia, desenvolvimento da identidade visual e material gráfico desenvolvidos por Fernanda Antonio. Confira abaixo algumas imagens da mostra. 

EXPOSIÇÕES [Viagens de Bicicleta]

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